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Toy Story

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Aproveitando o lançamento (apesar de já estar quase saindo de cartaz) do terceiro filme da série Toy Story, resolvi fazer aqui alguns comentários sobre essa trilogia maravilhosa, em três partes. =)

Toy Story é considerado o primeiro longa metragem de animação feito totalmente em computação gráfica, apesar de haver controvérsias e muitos afirmarem que a produção brasileira Cassiopéia foi a primeira.
Toy Story foi lançado em 1995, produzido pela Pixar e distribuído pela Walt Disney sendo a primeira parceria entre os dois estúdios.

O filme conta a história dos brinquedos de um menino de oito anos chamado Andy. Quando nenhum humano está por perto os brinquedos (e não só os do garoto), ganham vida. Liderados por Woody, o boneco cowboy, todos os brinquedos do quarto de Andy vivem em comunidade e em perfeita harmonia, porém, há algo que coloca medo em todos eles: brinquedos novos. Com o aniversário de Andy antecipado os brinquedos entram em pânico, pois não querem ser substituídos. O temor deles acaba se transformando em realidade para Woody que, com a chegada do boneco de ação Buzz Lightyear, um patrulheiro espacial, se vê trocado não só por Andy, mas até pelos outros brinquedos. Buzz acaba conquistando involuntariamente o respeito dos brinquedos e o carinho do menino, porém, o boneco tem um pequeno problema que talvez possa ser entendido como um defeito de fábrica. Ele realmente pensa que é um patrulheiro espacial e ingenuamente tenta consertar sua nave de papelão para retornar ao seu planeta natal.

O fato de Buzz não ligar para a atenção recebida irrita muito Woody, pois o amor de Andy era tudo para o boneco. Em uma de suas crises de ciúme Woody acaba provocando um acidente que faz Buzz cair pela janela, e agora ele deve trazer o patrulheiro de volta para o quarto de Andy para que possa ser perdoado por seus colegas e para não se tornar um brinquedo perdido, pois a família do garoto está prestes a se mudar.

Para piorar um pouco a situação os dois bonecos vão parar na casa do psicopata mirim Sid, um garoto que adora torturar brinquedos. No meio dessa jornada Buzz acaba finalmente percebendo que na verdade não passa de um brinquedo e, tendo que lidar com isso, começa a ver as coisas pela perspectiva de Woody e aos poucos nasce a improvável amizade com o cowboy.

Toy Story foi um enorme sucesso de bilheteria, a maior do ano nos EUA e recebeu indicações para vários prêmios. Um atrativo já bastaria para isso, um filme totalmente feito em computação gráfica (e muito bem feito pra época), era algo novo que todos queriam ver. Porém, isso é o que menos chama a atenção em Toy Story. A idéia do filme é extremamente simples e genial ao mesmo tempo: animar algo realmente inanimado.

Toda criança sempre quis que seu boneco andasse e falasse sozinho e Toy Story tornou o sonho das crianças (e dos adultos também) em realidade. Mas o filme não trata apenas de bonecos andando para as crianças verem, o coração colocado na história foi o que realmente arrebatou o público, a começar por Woody. 
O boneco que no início era o cara bonzinho que todo mundo curte acaba tendo algumas atitudes bem egoístas e poderia ser até mal visto pelo público, mas a sensibilidade colocada no personagem acaba nos fazendo entender os sentimentos dele, o ciúme e principalmente o medo de não fazer mais parte da vida do garoto que lhe deu vida.

Temos também o Buzz que no inicio é um personagem bastante aéreo e alheio à realidade, no meio do filme acaba perdendo seu chão ao descobrir que tudo aquilo em que acreditava não passava de uma ilusão, tendo que se adaptar à recém descoberta condição de brinquedo para sobreviver.
Os brinquedos de Toy Story

Neste primeiro filme temos como foco as vidas e visões dos protagonistas Woody e Buzz, mas os coadjuvantes também merecem destaque. Fazendo uma bela referência a brinquedos clássicos a Pixar deu vida ao rabugento Sr. Cabeça de Batata, sempre com seus comentários pertinentes (ou não) e à Slink, o fiel cão-mola grande amigo de Woody. Devemos citar também o atrapalhado (e muito empolgado) Rex e o bem humorado Porquinho que trazem um sutil alívio cômico para todos os sentimentos complexos vividos durante a história.


Outro personagem que merece destaque é Sid. Não sei se podemos dizer exatamente que ele é o vilão do filme (tá, podemos sim), mas a idéia de um menino destruidor de brinquedos é genial, afinal estamos falando da vida dos brinquedos então, além de ser trocado ou jogado fora, o que mais um brinquedo pode temer? Ser explodido talvez. E nisso Sid é mestre.



Separei aqui uma cena que pra mim é a melhor do filme, quando Woody lidera os brinquedos mutantes de Sid para dar um susto no garoto, transformando o grande sonho das crianças de ver seus brinquedos andando no pior pesadelo de Sid.


Alguém aí sentiu um clima Chuck nessa cena?

Outra cena que eu separei foi a parte em que toca a música Coisas Estranhas. Escolhi porque adoro a música, mas também porque ela exprime bem os sentimentos do Woody com relação ao Andy, Buzz e aos outros brinquedos, o sentimento de perda e estranheza em seu próprio lar.


Esse filme foi feito para ficar na história, seja pelo título de primeiro longa de animação totalmente feito em computação gráfica, seja pela ideia fantástica ou ainda pela maneira mais fantástica como o trabalho foi executado. Um filme emocionante que definitivamente não foi feito só para crianças.

Dele podemos tirar várias lições sobre amizade, crescimento e perda. Pra quem quiser viajar um pouquinho mais dá até pra fazer uma analogia entre Woody e Buzz, 2D e 3D. O velho conhecido estranhando o novo e mais moderno, com medo da substituição, mas no fim os dois acabam por se completarem.

Toy Story é lindo, sensível, divertido, inovador, criativo e simples. Nos passa a (triste) ideia de que um dia todos seremos substituídos, mas eu até lá podemos fazer o melhor com o tempo que nos resta. Está recomendado!
Quero também deixar uma notinha sobre a equipe de dublagem brasileira que é sensacional. Com Guilherme Briggs e Marco Ribeiro fazendo as vozes de Buzz e Woody respectivamente (na versão para DVD, pois na versão pra cinema Woody foi interpretado por Alexandre Lippiani), um trabalho maravilhoso liderado pelo diretor de dublagem (e também dublador) Garcia Neto.

Os dubladores Guilherme Briggs e Marco Ribeiro
A trilha sonora fica por conta de Randy Newman que fez a trilha de outros filmes Pixar como Procurando Nemo, Monstros S.A. e Vida de Inseto. Em português as músicas foram interpretadas por Zé da Viola.
A trilha sonora você pode baixar aqui: 2D Disney Music!

Antes de ir só mais uma coisinha (é, eu sei que ficou grande). Eu sei que muita gente diz que o Woody se parece muito com o Tom Hanks porque foi inspirado nele já que é ele quem faz a voz no original e tal.... tá, mas eu sempre achei que o Woody se parece muito mais com o Jim Carrey. Será que só eu acho isso? Eu sei que pode ser confundível pela voz porque o dublador que faz a voz do Tom Hanks e do Jim Carrey aqui no Brasil é o mesmo, o Marco Ribeiro, e é ele quem dubla o Woody, mas não é só isso de semelhança não. O formato da cabeça, as bochechas redondas, as bocas estranhas e até o jeito desengonçado de andar... pra mim é tudo igualzinho ao Jim Carrey (xD). Enfim, deixem suas opiniões aí e até Toy Story 2. o/

Ao infinito e além!
(Imagens retiradas do Google, se você é o autor, por favor me avise para que eu possa creditá-las ;])

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